Um truque de luz, de Stan Lee e Kat Rosenfield
Ambientado no universo Alianças, cocriado por Stan Lee, Luke Lieberman e Ryan Silbert Um truque de luz (Ed. Record, R$ 57,90, 350 págs) é um verdadeiro presente de Stan Lee aos seus fãs. Escrito por Kat Rosenfield – autora indicada ao prêmio Edgar- a obra é uma história repleta de aventuras no universo criado pela imaginação sem limites que definiram a carreira da mente criativa por trás dos super-heróis da Marvel, como os Vingadores, Pantera Negra, Homem-Aranha, Quarteto Fantástico e Homem de Ferro. Cercada por uma fantasia tecnológica, que provoca o imaginário e permeia as relações humanas atuais, a história apresenta Nia, uma hacker talentosa, que vive em completo isolamento com seu rigoroso pai, e Cameron, um adolescente que buscava a fama no YouTube quando adquiriu um surpreendente talento cibercinético: a capacidade de manipular computadores e eletrônicos com a mente. Depois de se conhecerem on-line, os dois adolescentes se unem para corrigir os erros do mundo. Porém, conforme os poderes se desenvolvem e os dois fazem acertos de contas, eles chamam a atenção de forças perigosas, colocando em risco o futuro do mundo.
Sete dias juntos, de Francesca Hornak
Em Sete dias juntos (Ed. Bertrando Brasil, R$ 49,90, 364 págs), Francesca Hornak narra de forma engraçada e emocionante a vida nada fácil da família Birch, que ficará uma semana em quarentena. Após muitos anos, eles se reuniram em Weyfield Hall, para o Natal, e a matriarca da família está eufórica com a chegada da filha mais velha, Olívia, mesmo sabendo que o único motivo para o seu regresso é a quarentena à qual deverá se submeter após ter sido voluntária no tratamento de uma epidemia devastadora na África. Enquanto isso, seu marido, Andrew, jornalista e renomado crítico de restaurantes, passa os dias isolado em seu escritório, revirando o passado glorioso como um correspondente de guerra. Phoebe, a caçula, vive em um mundo que gira somente ao seu redor, e durante a quarentena se dedica de forma obsessiva à organização de seu casamento, para o desgosto de Olivia que tenta superar o contraste entre os luxos da vida de sua família e as mazelas de um país subdesenvolvido.Pelos próximos sete dias ninguém poderá entrar nem sair da casa. Isolados do mundo e presos à companhia indesejada uns dos outros, uma semana pode se tornar uma eternidade para os Birch. Especialmente quando todos têm segredos a esconder.
Você tem a vida inteira, de Lucas Rocha
Sucesso no Brasil e recentemente publicado em inglês, nos Estados Unidos, pela Scholastic Press, Você tem a vida inteira (Ed. Galera Record, R$ 44,90, 304 págs) ganha nova edição com o design de capa, prefácio e uma entrevista exclusiva com o autor. Nela, Lucas Rocha conta sobre o processo de desenvolvimento dos personagens, as pesquisas para a escrita além de revelar suas maiores inspirações literárias e falar da questão da representatividade. Na história de Você tem a vida inteira, o leitor conhece sob a perspectiva de vida de Ian, os personagens Victor e Henrique, seus medos, esperanças e o preconceito sofrido por quem vive com HIV. Uma história que não é sobre culpa ou sobre estar doente, mas, sim, sobre como podemos formar nossas próprias famílias e sobre nunca esquecer que ainda temos a vida inteira.
Pedro Páramo, de Juan Rulfo
O realismo fantástico como hoje se conhece não teria existido sem este livro. Desta fonte beberam o colombiano Gabriel García Márquez e o peruano Mari Vargas Llosa. Ao combinar dois elementos essenciais ao sucesso da literatura latino-amerciana (o realismo fantástico e o regionalismo), Rulfo se destaca pela sua habilidade em contar uma história reunindo relatos e lembranças. De enredo conciso e preciso, Pedro Páramo (Ed. José Olympio, R$ 39,90, 176 págs) é o único romance de Juan Rulfo. Trata da promessa feita por Juan Preciado à mãe moribunda. O rapaz sai em busca do pai, Pedro Páramo, um lendário assassino. No caminho, encontra impressionantes personagens repletos de memórias, que lhe falam da crueldade implacável de seu pai.
Um cavaleiro preso na armadura, de Robert Fisher
Desde que Fernão Capelo Gaivota encantou o público pela primeira vez, não houve uma fábula tão cativante quanto O cavaleiro preso na armadura (Ed. Record, R$ 39,90, 112 págs). O cavaleiro mais corajoso do reino, sempre pronto para qualquer batalha, disposto a defender sua honra e prestar ajuda a quem precise. Sua armadura lustrosa e imponente era a única imagem que todos enxergam no cavaleiro, até mesmo sua mulher e seu filho. E sua obsessão por essa imagem acaba o distanciando das pessoas que ama e da própria identidade. Quando percebe que não consegue mais se desvencilhar da armadura, o cavaleiro parte em busca de seu eu esquecido no tempo, perdido nas cruzadas e na frieza dos sentimentos. A obra de Robert Fisher é extremamente atual e fala diretamente a todos que se sentem presos aos compromissos e às responsabilidades do mundo moderno, que se distanciaram daqueles que amam e que deixaram de lado seus desejos.
O martelo das feiticeiras, de Heinrich Kramer e James Sprenger
Publicado pela Rosa dos Tempos desde 1991, O martelo das feiticeiras (Ed. Rosa dos Tempos, R$ 94,90, 700 págs) ganha nova edição, desta vez com introdução de Rose Marie Muraro – a Patrona do Feminismo Brasileiro – e prefácio do renomado médico psiquiatra e analista junguiano Carlos Amadeu B. Byington. O obra é o mais célebre manual redigido durante o período de “caça às bruxas” da Idade Média. A inflamada epidemia que perseguiu e condenou mulheres, fosse por seus conhecimentos ou comportamentos que fugissem aos padrões morais e religiosos da época, fosse por pura vingança e misoginia, é uma mancha na história da humanidade. Amplamente utilizado pelos tribunais seculares, o manual, escrito no século XV, pode ser responsabilizado pelas mais de 100 mil execuções, em sua maioria de mulheres, realizadas pela Inquisição durante pelo menos quatro séculos, como apontam historiadores.
No fim dá certo, de Fernando Sabino
Nova edição de No fim dá certo (Ed. Record, R$ 47,90, 244 págs), em novo projeto gráfico, revela as descobertas e reminiscências em retratos bem humorados pelo grande cronista Fernando Sabino. Com seu humor característico, Sabino relaciona sua lista de pequenas coisas que o desagradam aos compromissos marcados com mais de 24 horas de antecedência; responder cartas; compras a prestação; e, curiosamente, escrever. Por outro lado, o autor enumera algumas pequenas coisas que aprecia como: dia de chuva sem precisar sair de casa; o momento em que o avião toca no solo e vira automóvel; a parte do meio da torrada Petrópolis partida em três; pagar a última prestação; descobrir que ainda é cedo, dar tempo de tomar mais um; já ter lido Guerra e paz, Odisseia e Dom Quixote; passarinho solto; andar pela casa sem testemunhas, falando sozinho ou completamente nu; sair sem se despedir; e, naturalmente, fazer listas de pequenas coisas que o agradam.
Pedagogia da esperança, de Paulo Freire e Ana Maria Araújo
Republicado pela Editora Paz & Terra com novo projeto gráfico e notas explicativas de Ana Maria Araújo Freire, a obra Pedagogia da esperança (R$ 59,90, 192 págs), de Paulo Freire faz uma reflexão sobre a Pedagogia do oprimido, um reencontro com ela e com suas vivências em quase três décadas nos mais diferentes cantos do mundo. Ao longo de sua história, o educador e filósofo brasileiro mais de cem títulos de doutor honoris causa, de diversas universidades nacionais e estrangeiras, além de inúmeros prêmios, como Educação para a Paz, da Unesco, e Ordem do Mérito Cultural, do governo brasileiro. Integra o International Adult and Continuing Education Hall of Fame e o Reading Hall of Fame.
dianoleite
Como gosto de histórias com aventuras, Um truque de luz, de Stan Lee e Kat Rosenfield, parece ser uma leitura ideal