Publicado pela editora Record em 1979 o romance de Fernando Sabino, O grande mentecapto agora é quarentão. O clássico do autor mineiro adentra os relatos das aventuras e desventuras de Geraldo Viramundo no estilo Dom Quixote. A obra mistura o riso, o patético, sátira e a tragédia do personagem que perdeu o juízo. Nascido em Belo Horizonte, Sabino começou a escrever O grande mentecapto nos anos 40 e somente trinta anos depois a obra com as peripécias de Viramundo foi finalizada.
Ingênuo e puro, Viramundo nasceu em Rio Acima destinado a se envolver em acontecimentos trágicos. Tem alma boa, honesta e sincera, mas sem grandes ambições na vida. Se envolve em conflitos durante a peregrinação sem destino por diversas cidades de Minas Gerais, como Mariana, Ouro Preto e Tiradentes, pelo seminário, Exército e pela política até a tristeza e decepção o atingirem, já enquanto vivia em Belo Horizonte, onde termina sua vida.
Homenagem
Para marcar a homenagem aos quarenta anos de O grande mentecapto, o projeto Prazer de Ler, do Instituto Oldemburg de Desenvolvimento, escolheu o autor para dar nome à nova Sala de Leitura inaugurada na Escola São Judas Tadeu, em Petrópolis (RJ). O espaço promove a aproximação do público à literatura brasileira através dos mil livros disponíveis para diversas faixas etárias e áreas de interesse. Além disso, qualifica a mão de obra local para atuar nas bibliotecas e também como agentes de leitura.
Há vinte anos Fernando Sabino foi agraciado pela Academia Brasileira de Letras com o prêmio Machado de Assis, o principal prêmio literário brasileiro, pelo conjunto de sua obra. O autor morreu em outubro de 2004, às vésperas de completar 81 anos. Deixou uma vasta obra de mais de 50 livros publicados, entre romances, coletâneas de crônicas e correspondências, a maioria publicada e presente no catálogo da Editora Record.