Morreu, aos 83 anos, nesta terça o escritor chileno Antonio Skármeta, autor de O carteiro e poeta (ed. Record). O livro, que narra a amizade fictícia de um carteiro com Pablo Neruda, teve duas adaptações para o cinema – a primeira, de 1994, teve quatro indicações ao Oscar, e a mais recente, de 2022, pode ser vista na Netflix com o título de Ardente paciência. Segundo a família, Skármeta morreu de forma natural após um longo período sofrendo de Alzheimer.
Antonio Skármeta nasceu em Antofagasta e se formou em filosofia e literatura, na Universidade do Chile e na de Columbia, em Nova York. Seus romances e contos foram traduzidos para 35 idiomas. Foi embaixador do Chile na Alemanha de 2000 a 2003 e vivia em seu país, dedicando-se apenas à literatura.
Era autor também dos romances Um pai de cinema (ed. Record), que também foi parar nas telas, dirigido e produzido por Selton Mello, e O dia em que a poesia derrotou um ditador (ed. Record). Este ano, a Record lançou uma nova edição de A redação, que fala da ditadura militar no Chile, que durou de 1973 a 1990, pelo olhar de uma criança de nove anos. O livro, vencedor do prêmio Unesco de Literatura Infantil e Juvenil em Prol da Tolerância, tem tradução de Ana Maria Machado e ilustrações de Walter Lara. Skármeta publicou ainda outros títulos para crianças e jovens, como O goleiro dos Andes e Faísca, ambos pela Galera Record.