O livro ‘O diário de Anne Frank’ se tornou um dos relatos mais famosos da II Guerra. Escrito pela menina alemã de origem judaica enquanto estava no esconderijo com sua família na Holanda, o diário seguiu um caminho tortuoso depois que o grupo foi descoberto e enviado para o campo de concentração. Apenas o pai, Otto, sobreviveu, vindo a publicar o livro da filha postumamente. O diário, no entanto, não foi o único texto de autoria de Anne Frank. Cartas inéditas escritas para a avó antes mesmo da guerra estourar, contos e o esboço de um romance que estavam acessíveis somente a pesquisadores chegarão ao público em geral com a publicação de Obra reunida. A edição brasileira será lançada em novembro com exclusividade pela Record, editora oficial do ‘O diário de Anne Frank’. Parte da renda com direitos autorais das edições oficiais é revertida para iniciativas da Unicef.
“Pela primeira vez os textos de Anne Frank serão traduzidos diretamente do holandês. Para a Record, que é a editora oficial do diário no Brasil, a contratação de seus escritos completos é essencial, pois ajuda a compreender a personalidade de uma das autoras mais populares de nosso catálogo”, explica a editora-execurtiva Renata Pettengill. A tradução de Obra reunida, assinada por Cristiano Zwiesele do Amaral, conta com o apoio da Letteren Fonds.
O novo livro também traz as três versões existentes de ‘O diário de Anne Frank’. A primeira delas é a versão original, escrita dia a dia, no calor dos acontecimentos, com as divagações e observações espirituosas da autora. Na segunda, a própria autora revisou o texto depois de um nítido amadurecimento e, na terceira, a versão que acabou se popularizando, publicada originalmente em 1947, trazem alterações feitas pelo pai, Otto, na qual foram suprimidos comentários sobre a descoberta do próprio corpo e críticas aos outros moradores do esconderijo.
Obra reunida, ainda sem tradução, traz pela primeira vez uma série de cartas não publicadas que Anne escreveu para sua vó entre 1936 e 1941, antes de receber seu diário de presente no aniversário de 13 anos, no ano de 1942. O livro inclui ainda ilustrações, fotos de família e documentos.
A Record, do Grupo Editorial Record, é a editora oficial de ‘O diário de Anne Frank’ e publica com exclusividade versões licenciadas pela Fundação Anne Frank, entre elas a adaptação para histórias em quadrinhos, assinada pelo roteirista Ari Folman e pelo ilustrador David Polonsky.