Biografia do Roger Daltrey, beleza negra em foco, clássico de A. J. Cronin e mais

9/08/2021 1893 visualizações

Valeu, professor Kibblewhite – A biografia do vocalista do The Who, do Roger Daltrey

Aos 15 anos Roger Daltrey ouviu de seu professor, o Sr. Kibblewhite, que ele não seria nada na vida. Mas, para a sorte dos fãs de rock’n’roll, Daltrey não deu ouvidos a ele e mergulhou fundo na música. E graças a sua determinação, acabou surgindo uma das maiores bandas de todos os tempos, The Who! Em Valeu, professor Kibblewhite (BestSeller, 280 págs, R$ 64,90), você vai ter acesso desde à infância humilde de Daltrey em meio ao caos londrino até as famosas histórias sobre bastidores, brigas internas e loucuras que ele e seus companheiros de banda Keith Moon, John Entwistle e Pete Townshend viveram tanto no palco quanto fora dele.

História social da beleza negra, da Giovana Xavier 

Ao traçar paralelos entre Brasil e Estados Unidos, História social da beleza negra (Rosa dos Tempos, 160 págs, R$ 49,90) relaciona racismo e indústria da beleza, evidenciando as raízes sociais desse conceito sutil da subjetividade feminina negra e do que é considerado belo. No livro, a historiadora e teórica do feminismo negro Giovana Xavier explora o surgimento de uma indústria cosmética voltada para a mulher negra nos Estados Unidos na virada do século XIX ao XX, período de normatização agressiva da brancura como padrão de beleza universal, de popularização da eugenia e de difusão de valores associados à ideia de supremacia branca. A história continua a se abrir, embranquecer a pele passa a ameaçar a saúde, argumenta-se que o caráter vale mais do que a cor da cútis. A indústria da beleza negra progride, disponível para sonhos e expectativas de vária espécie, vira mesmo meio de ostentar a beleza do corpo negro e das infinitas possibilidades estéticas de carapinhas maravilhosas.

Maldito ex, do Juan Jullian

Será que você já foi o vilão da história de alguém? Maldito ex (Galera, 208 págs, R$ 39,90), apresenta a história de Tiago, a subcelebridade mais odiada do país e o tão polêmico Ex. Toda história tem dois lados, mas quem estará certo? A sequência de Querido ex, coloca em primeiro plano Tiago, o polêmico Ex, mostrando que sempre existem dois lados da mesma moeda. Tiago vive dentro de uma bolha de privilégio: branco, loiro e dono de um corpo perfeito, ele parece ter a vida ideal. Mas, por trás das aparências, vive à sombra de problemas familiares, insegurança e uma necessidade constante de validação. Até que ponto nos tornamos inimigos de nós mesmo, e machucamos as pessoas que mais amamos? E como amar alguém, se você mesmo não se ama? Com uma narrativa envolvente e divertida, repleta de referências à cultura pop, Juan Jullian aborda temas sensíveis e atuais, como relacionamentos tóxicos dentro da comunidade LGBTQ+, ansiedade, preconceito racial e autoaceitação.

O que a Estrada me disse, da Cleo Wade

É normal ter medo ou, às vezes, vagar pelo caminho errado. O que a Estrada me disse (Galera, 40 págs, R$ 59,90) é o best-seller do New York Times da poeta e ativista Cleo Wade perfeito para todas as idades. “E se eu ficar com medo? E se eu me perder? E se eu ficar sozinha? E se algo inesperado acontecer?” Na vida, a coisa mais importante que temos de fazer é seguir em frente. Continuar – não importa o que aconteça. Mas quando obstáculos e pedras surgem inesperados na trajetória, é normal que nos sintamos amedrontados, assustados e confusos diante da necessidade de fazermos escolhas – afinal de contas, são tantas direções e tantas possibilidades! Inspirador, é indicado para jovens leitores de todas as idades – dos 8 aos 80.

O redentor, do Jo Nesbø

O redentor (Record, 420 págs, R$ 59,90) é mais um caso instigante e repleto de reviravoltas protagonizado pelo detetive Harry Hole. Às vésperas do Natal, o rigoroso inverno norueguês transforma Oslo em uma cidade desoladora, inóspita. Além das pessoas que andam apressadas pelas ruas à procura de presentes natalinos, apenas pedintes e viciados vagam sem destino pelas esquinas e praças em busca de dinheiro e drogas. O frio, porém, não impede a realização do tradicional show beneficente de fim de ano do Exército de Salvação. Até que durante o evento, um tiro é disparado, e um dos integrantes do Exército é assassinado na multidão. Imediatamente a equipe do inspetor-chefe Harry Hole entra em cena, mas existem poucos indícios a seu dispor – não há suspeito, arma nem motivo. Além disso, Harry está em dúvida quanto a seu futuro na polícia. Apesar de aparentemente ter superado os problemas com álcool, ele ainda precisa lidar com seu novo chefe, Gunnar Hagen, um ferrenho defensor da disciplina e do cumprimento das normas. Não demorará muito até que os dois entrem em conflito.

Querida cidade, do Antônio Torres

Após quinze anos sem escrever um romance, o imortal da Academia Brasileira de Letras Antônio Torres retorna ao gênero com Querida cidade (Record, 432 págs, R$ 49,90). A obra acompanha a história de um protagonista que, assim como outros personagens do livro, deixou a pequena cidade onde nasceu – para tentar uma vida melhor, para estudar ou mesmo para fugir de algo. Ao conversar com a mãe sobre o pai, que sumiu sem deixar vestígios muitos anos antes, o filho rememora a sua própria trajetória de êxodo, independência, fracasso e eventual retorno às origens. Por meio de lembranças, projeções e referências culturais de um Brasil profundo, a narrativa costura o onírico e o cotidiano, amor e melancolia, desalento e aceitação. Triunfo de um grande autor em sua melhor forma.

A cidadela, do A. J. Cronin

 A cidadela (José Olympio, 518 págs, R$ 59,90), um clássico da literatura médica oferece um panorama das condições de trabalho dos médicos no início do século XX. Por meio do protagonista, o recém-formado Dr. Andrew Manson, jovem idealista e sonhador, o autor apresenta as dificuldades do exercício da profissão na região do sul do País de Gales, onde a mineração era a atividade principal, o que acarretava tragédias, fosse em acidentes ou em consequências na questão respiratória. Andrew Manson inicia sua jornada profissional em uma pequena aldeia, chamada Drineffy, onde se dedica com paixão aos seus pacientes, revelando um lado mais humanitário e altruísta do ofício da medicina. Com o passar do tempo, o rapaz encontra novas oportunidades de trabalho e, claro, também encontra o amor, ao lado da professora Christine Barlow.

Os primos, da Karen M. McManus

Toda família tem segredos, mas os primos estão prestes a descobrir que os da sua são diferentes. Em Os primos (Galera, 384 págs, R$ 49,90), Milly, Aubrey e Jonah recebem um convite inusitado: passar o verão no resort da avó que nunca viram na vida. Seus pais acreditam que é a oportunidade perfeita para fazer as pazes com a rica e excêntrica Mildred Story, que cortou relações com todos há mais de duas décadas sem maiores explicações. Mas ao chegarem lá, os primos percebem que a família guarda muitos segredos. E eles irão tentar desvendar todos. Mildred Story deserdou todos os filhos por meio de cartas que apenas diziam: “Vocês sabem o que fizeram.” Agora, novas cartas, escritas com a mesma frieza, convidam os três netos para trabalhar e morar no resort da família durante o verão para que ela possa finalmente conhecê-los. Sem terem certeza se a melhor opção para as férias é passar tempo com quase que estranhos, os três hesitam. Mas seus pais são enfáticos: não ir está fora de cogitação.

Sangue ruim, da E. O. Chirovici

Em Sangue ruim (Record, 266 págs, R$ 49,90), um renomado psicólogo se embrenha em uma investigação para desvendar um crime do passado. Em uma noite chuvosa em Nova York, o psicólogo James Cobb concede uma palestra sobre a arte de recuperar uma memória perdida. Depois do evento, ele é abordado por um desconhecido. O homem é Joshua Fleischer, um respeitado filantropo norte-americano que está à beira da morte e precisa desvendar um mistério: quarenta anos antes, ele acordou em um quarto de hotel com uma mulher morta e nenhuma lembrança do que aconteceu. Ele não pode morrer sem saber se não passou de uma testemunha ou se foi o assassino. Joshua sabe que não pode confiar na própria memória. Muito menos em outras pessoas. Então, como saber o que de fato aconteceu naquela noite? Intrigado, James começa a desenrolar os fios emaranhados desse mistério de décadas atrás. Mas todos os envolvidos têm histórias diferentes a contar e cada fato que ele descobre tem várias interpretações.

100 crônicas escolhidas – Um alpendre, uma rede, um açude, da Rachel de Queiroz

Publicado originalmente em 1958, 100 crônicas escolhidas (José Olympio, 416 págs, R$ 49,90) reúne parte da produção jornalística, escrita entre 1940 e 1950, de Rachel de Queiroz, a primeira mulher eleita na Academia Brasileira de Letras. Com humor, ironia e ternura entrelaçados, os textos apresentam um amplo retrato do Brasil e sua gente, tocando em diversos assuntos cotidianos. Com sua característica escrita pungente e observadora, a autora desvela histórias que comovem aos leitores e leitoras. São chamados a uma realidade inquietante, entre terrível e feroz, mas que também pode se mostrar bela através da intermediação da palavra.

As dez equações que regem o mundo – E como usá-las a seu favor, do David Sumpter

Existe uma fórmula secreta para ficar rico? Ou para ser feliz? Ou para viralizar? Ou para ter autoconfiança e tomar as decisões certas? A resposta para essas e muitas outras perguntas é: existe. As dez equações que regem o mundo (Bertrand Brasil, 280 págs, R$ 59,90) é sobre as fórmulas que fazem nossa vida se mover. Elas são essenciais para tudo — desde fundos de investimento a sites de apostas e fenômenos da mídia social — e podem ajudar você a aumentar sua chance de sucesso, se proteger de perdas financeiras, viver com mais saúde e enxergar além do medo. Com inteligência e lucidez, o matemático David Sumpter mostra que não são as minúcias técnicas que fazem essas fórmulas ser tão bem-sucedidas, mas sim a maneira como elas permitem que os matemáticos vejam os problemas por outra perspectiva; uma forma de enxergar o mundo que qualquer pessoa pode desenvolver.

Tão certo quanto o amanhecer (Vol. 3 A Marca do Leão), da Francine Rivers

Tão certo quanto o amanhecer (Verus, 490 págs, R$ 69,90) segue a jornada de Atretes na busca do filho. Atretes jurou mover céus e terras para encontrar o filho, que ele pensava estar morto, e levá-lo à Germânia. Mas só uma coisa o atrapalha: Rispa, uma viúva cristã que cuida do bebê desde que ele fora abandonado pela mãe. Atretes não contava com a feroz resistência de Rispa em ter o filho que ela considera dela levado embora, nem estava preparado para a força e a beleza dessa mulher. Desde o primeiro encontro, os dois são pegos em uma batalha tempestuosa de vontades.

Pedagogia da solidariedade, da Ana Maria Araújo Freire e Walter Ferreira Oliveira

Pedagogia da solidariedade (Paz & Terra, 144 págs, R$ 44,90) trata de temas abordados por Paulo Freire em sua passagem pela Universidade de Northern Iowa, nos Estados Unidos, no evento “Educação e Justiça Social: um diálogo com Paulo Freire”. Aqui, os autores, Ana Maria Araújo Freire e Walter Ferreira Oliveira, seguindo o pensamento do Patrono da Educação Brasileira, não nos deixam dúvidas de que sem uma pedagogia crítica, voltada para o aperfeiçoamento, em cada um de nós, da virtude da solidariedade, não se pode construir um mundo mais bonito e verdadeiramente democrático.