João Silvério Trevisan

João Silvério Trevisan é escritor ficcional, jornalista, ensaísta, dramaturgo, diretor/roteirista de cinema e um dos principais nomes do ativismo LGBTQIA+ no Brasil. Nasceu em 1944, em Ribeirão Bonito, São Paulo. Na década de 1970, iniciou sua produção artística e assumiu-se homossexual, duas facetas que sempre estiveram imbricadas em sua vida. Seu primeiro, polêmico e único longa-metragem, Orgia ou O homem que deu cria, de 1971, foi censurado pela ditadura civil-militar e, entre outras razões, o levou ao exílio entre a Califórnia e o México. Já de volta ao Brasil, participou em 1978 da fundação do lendário jornal Lampião da Esquina, primeira publicação homossexual do país, e do Grupo Somos — movimento vanguardista na promoção dos direitos da comunidade LGBTQIA+. A convite da editora britânica Gay Men’s Press, escreveu Devassos no paraíso, o grande estudo histórico sobre a cosmogonia das dissidências de orientação sexual e de gênero brasileiras, lançado em 1986, concomitantemente em Londres e São Paulo. Venceu três vezes o Prêmio Jabuti e o Prêmio da Associação Paulista dos Críticos de Artes (APCA), foi finalista do Oceanos e recebeu, entre outras, uma bolsa da antiga Fundação Vitae, para escritura do romance Ana em Veneza. Sua vasta produção artística e intelectual inclui mais de uma dezena de livros publicados, roteiros para cinema e peças teatrais. Vagas notícias de Melinha Marchiotti é o seu segundo e mais polêmico romance, cuja profética atualidade as novas gerações terão prazer em conhecer.

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